quinta-feira, 26 de julho de 2007

Mercado Monetário

É através do mercado monetário que o governo federal controla os meios de pagamento (depósito à vista nos bancos comerciais, mais o volume de papel moeda em poder do público), lançando mão de medidas monetárias, tais como: recolhimento de depósitos compulsórios dos bancos comerciais, redesconto bancário e operações de "Open-Market", que consistem em retirar moeda de circulação quando há excesso de liquidez ( muito dinheiro em circulação) ou recolocar moeda em circulação, quando houver o estreitamento de liquidez ( pouco dinheiro em circulação).
Para que estes quatro mercados pudessem atuar eficientemente, era necessário a criação de um sistema financeiro adequado e isso só foi possível a partir de 1964, quando se reformulou, através da "Lei da Reforma Bancária - (Lei 4595)", todo o Sistema Financeiro Nacional, que antes dessa data funcionava totalmente em torno do banco comercial.
A única opção que o investidor possuía para aplicar suas poupanças, era depositar suas economias no banco comercial, isto porque ele recebia juros pêlos depósitos à vista realizados em sua conta corrente.
Os juros pagos eram de 12% a.a., o que tornou-se conhecido como a "Lei da Usura", ou seja, o banco concedia crédito e só remunerava ao depositante 12% a.a.
A inflação Encontrava-se na casa de 90% a.a. e a correção monetária não existia, logo, os recursos depositados desvalorizavam-se por essa diferença.
Uma das formas que o investidor encontrava para proteger-se da inflação, era comprar bens de consumo duráveis (imobilização econômica), que o resguardasse da desvalorização da moeda.
Assim, as pessoas físicas e jurídicas compravam casas, terrenos, apartamentos, jóias, etc., ou emprestavam dinheiro a uma taxa de remuneração superior à taxa que recebiam dos bancos, ou seja formava-se um mercado de agiotagem (mercado paralelo).
As poupanças fugiam dos bancos comerciais e o crédito para as empresas ficava cada vez mais difícil.
A primeira providência do governo, a partir de 1964, foi criar um sistema financeiro, com as instituições financeiras adequadas que operassem com títulos, onde as pessoas pudessem aplicar suas poupanças e consequentemente financiar as empresas ( setor produtivo).
Para que isso fosse feito era necessário criar uma legislação específica para o desenvolvimento do mercado, e reformular todo o sistema financeiro existente até aquela data.